Bem-vindos ao retorno do Papo com Dedey, aqui no The Dudes. É uma satisfação enorme voltar a escrever pro nosso site, mas uma satisfação ainda maior escrever para os dudes e sempre tentar propor algum tipo de assunto novo ou só mesmo proporcionar uma boa leitura. E como tema da semana, trago um assunto bem legal e que divide muito a galera: o novo. Vamos então ao texto dessa semana?!
Todo mundo tem alguma obra, seja literária, musical ou cinematográfica que acha intocável. Aquele filme do coração que é perfeito demais, que qualquer coisa diferente do que foi feito não seria aceitável. Ou então aquela HQ linda, que te acompanhou a infância toda e que moldou seu caráter e que você lembra de cor. E então, de repente, surge uma notícia: SEU FILME/HQ/ SÉRIE PREFERIDA GANHARÁ UM NOVO FILME. O coração gela na mesma hora por duas razões: a primeira é a sensação boa, de reviver um dos seus grandes prazeres e a segunda é de medo, por não saber como aquele clássico será tratado nas mãos de um/uma “qualquer”.
E então saem os primeiros materiais da nova versão. E mesmo com uma só imagem, ou 15 segundos de teaser o julgamento: “ISSO VAI SER UMA MERDA”, “ISSO NÃO É O MEU CLÁSSICO”, “TÁ UMA BOSTA. PARA QUE TÁ FEIO”. Funciona assim há bastante tempo e hoje com o universo poderoso que é a internet o boost é ainda maior. Eu mesmo era assim! A pouco tempo tive uma conversa com a minha namorada em que diversas vezes usei “isso é uma falta de respeito com tal personagem” ou “eles estão destruindo um clássico”. Mas depois parei para pensar e pensei: por que não? Porque não tentar novas possibilidade?
Porém muitas dessas reações negativas se dão pelo medo do novo. De tentar acompanhar um novo pensamento, de sair da trilha já disponível e seguir um novo caminho. Vou dar um exemplo: o novo filme do anime Death Note, da Netflix. Muitos foram introduzidos no mundo dos animes por esse clássico e muitos o consideram clássico. E quando seu trailer foi divulgado(veja abaixo), uma enxurrada de fãs torceram o nariz, pois a história “não era mais a mesma”. A base do filme é o plano proposto pelo anime, mas com uma roupagem diferente. Uma interpretação do original, aplicado em um outro cenário. Uma ideia válida e que pode dar certo, mas que já tem seus haters na esquina esperando para destruir o projeto.
https://www.youtube.com/watch?v=85LZxpxX8Q0
As reações são válidas, a opinião de todos deve ser respeitada. Porém, a perda do medo do novo é fundamental para que novas ideias surjam. Para que novos cenários, situações sejam desenvolvidas. Não é porque o famoso detetive L não é mais um japonesinho, magrelo e peculiar que ele não pode ser bom! A mesma coisa funciona com o local do acontecido. A história pode se passar fora do Japão, e mesmo assim trabalhar com os dilemas tradicionais de Kira e seus atos e consequências.
E que o julgamento sobre o pensamento da obra adaptada, neste caso do diretor Adam Wingard, seja após o lançamento do filme. Sobre suas atuações, roteiro, trama ritmo… Enfim, tudo que importa numa obra cinematográfica.
Lembrem sempre daquele velho ditado: “Não julgue um livro pela capa!”