Há quase uma semana a Netflix lançou mais uma de suas produções adolescentes. Na esteira de sucessos como Elite e 13 Reasons Why, a plataforma de Streamming trouxe Control Z, produção mexicana que está fazendo um tremendo sucesso. Principalmente para os clientes brasileiros. E hoje faço minha crítica sobre ela aqui no Papo com Dedey.
Como toda boa série de adolescentes, cada personagem de Control Z é um estereótipo de problemas que os jovens vivem na adolescência no século 21 e por isso a séria ganha muito em empatia, mas erra também pela superficialidade. Em uma vibe bem “Gossip Girl”, a história se passa no “El colegio Nacional” com seus alunos e seus problemas convivendo todos os dias. Bullying, sexo, bebidas e drogas estão todos presentes na realidade dos alunos, mas às escuras.
Nesse caldeirão, somo apresentados a personagem principal, Sofia (Ana Valeria Becerril), que é uma jovem mais desgarrada, com um passado turbulento na família. E é ela quem fica com a missão de descobrir quem é o hacker que começa a espalhar todos os segredos dos alunos em posts em redes sociais.
A história segue apresentando os clichês que as séries adolescentes costumam usar. A jornada então é descobrir quem é o hacker e fazê-lo parar. Mas Sofia e Javier (Michael Ronda) só veem o efeito dominó que os posts dos segredos causam. Retrato disso é a batalha campal que acontece no colégio, com a presença do diretor e professores, com alunos para todos os lados sagrando e com gente indo para os hospital.
Seguindo suas investigações, e ameaçada pelo hacker também, Sofia se aproxima de Raúl (Yankel Stevans) que também teve segredos revelados, dando o tom de triângulo amoroso que a série precisava para riscar mais um clichê da lista. Porém, dessa dinâmica entrê os três saem ótimas cenas e diálogos, elevando o nível da série.
Falta de cuidado com temas “ousados”
Antes criticada por algumas temáticas abordadas em suas séries adolescentes, a Netflix ainda não aprendeu a lidar com os temas pesados nas séries e dessa vez nem um aviso antes dos episódios sobre gatilho temos. O transtorno da personagem principal, que chega a se cortar com uma tesoura na trama; a transição de gênero de Isabela (Zion Moreno) ou a violência do bullying que cerca as atitudes de Gerry (Patricio Gallardo) são apenas recursos narrativos que são jogados na tela sem o devido aviso ou cuidado. Talvez discuti-los mais, trabalhar melhor a apresentação fosse melhor do simplesmente jogá-los na tela e seguir a narrativa.
Os segredos revelados, a investigação e resolução do grande mistério são muito bons na série mexicana. Control Z consegue entreter, consegue divertir e desperta a curiosidade para se querer ver até o final. Seu capítulo derradeiro, a trama traz um clímax que a história precisa, regado à drogas, deixando diversos ganchos para uma possível segunda temporada, que ainda não está confirmada, e com elementos que deixa seu público querendo mais.
Nota do Dedey: 3,0/5,0